NBR 10301 de 06/2022 - Fios e cabos elétricos - Resistência ao fogo
A NBR 10301 de 06/2022 - Fios e cabos elétricos - Resistência ao fogo especifica um método de ensaio e os requisitos de resistência ao fogo para fios e cabos elétricos que sejam classificados como resistentes ao fogo quando submetidos ao fogo sozinhos, em condições baseadas em uma fonte de calor controlada correspondente a no mínimo uma temperatura de 750 °C, sem choque mecânico, ou a uma temperatura mínima de 830 °C, com choque mecânico. É aplicável aos cabos que não excedam a classe de tensão 0,6/1 kV, incluindo os detalhes referentes ao ponto de falha, verificação do arranjo, amostras, procedimento de ensaios e conteúdo mínimo, que constam nos relatórios de prova de cabos de baixa tensão com classe de tensão até 0,6/1 kV. Este documento é baseado nas IEC 60331-11, IEC 60331-21, IEC 60331-1 e IEC 60331-2.
Para a execução do ensaio indicado nesta norma, é necessária a aparelhagem descrita a seguir. Uma fonte de calor deve ser um queimador de gás propano do tipo fita, com um comprimento nominal da face de 500 mm (distância externa entre os orifícios externos), com um misturador Venturi. A largura nominal da face do queimador deve ser de 10 mm.
A face do queimador deve ter três filas escalonadas de orifícios perfurados, com diâmetro nominal de 1,32 mm, e perfurados em centros de 3,2 mm um do outro, conforme mostrado na figura abaixo. Recomenda-se a utilização de um queimador com alimentação central. É permitida uma fileira de pequenos furos fresados em cada lado da placa do queimador, para servir como furos-piloto para manter a chama acesa.
Os medidores e controladores de fluxo de massa devem ser usados com o objetivo de controlar com precisão as taxas de fluxo de entrada de combustível e ar para o queimador. Para os efeitos deste ensaio, o ar deve ter um ponto de orvalho não superior a 0 °C. Os medidores de fluxo do tipo rotâmetro podem ser usados como alternativa, mas não são recomendados.
As orientações sobre o seu uso e a aplicação de fatores de correção apropriados são fornecidos nessa norma. A pureza do propano não está especificada. Os graus industriais que contenham impurezas são permitidos, desde que os requisitos de verificação sejam atendidos.
Para cabos com diâmetro externo de até 20 mm, inclusive, que devem atender à classe de resistência ao fogo CR3, a parede do ensaio consiste em uma placa de material resistente ao calor, não combustível e não metálica, fixada de forma rígida em dois suportes horizontais de aço, um no topo da placa e o outro na parte inferior. Os suportes verticais também podem ser usados.
A placa deve ter (900 ± 100) mm de comprimento, (300 ± 50) mm de altura e (10 ± 2) mm de espessura, e a massa total da parede de ensaio (placa e suportes de aço) deve ser de (10,0 ± 0,5) kg. O lastro, se necessário, deve ser colocado nos suportes de aço.
Em caso de disputa, uma nova parede deve ser usada para cada ensaio. Os suportes feitos de tubo de aço de seção quadrada de aproximadamente 25 mm × 25 mm e aproximadamente 1 m de comprimento foram considerados adequados. O suporte superior deve ser preso à placa de forma que a sua face superior fique ligeiramente acima da borda superior da placa, de modo que o dispositivo de produção de choque colida no suporte e não na placa.
Cada suporte horizontal deve ter um orifício de montagem em cada extremidade, a não mais de 100 mm da borda da placa. A posição e o diâmetro exatos devem ser determinados pela bucha e pela estrutura de suporte utilizadas.
A parede de ensaio deve ser fixada a um suporte rígido por quatro buchas de borracha coladas, com dureza de 50 Shore A a 60 Shore A, encaixadas entre os suportes de aço horizontais da parede e a estrutura de suporte, de modo a permitir o movimento sob impacto. Uma bucha de borracha, que foi considerada adequada, é mostrada na norma.
Para verificar a montagem da parede, a deflexão estática após a aplicação de uma massa no centro do suporte superior da parede deve ser medida periodicamente. O valor da massa e deflexão deve cumprir o seguinte: massa: (25,0 ± 0,2) kg; deflexão: (1,5 ± 0,3) mm. Para cabos com diâmetro externo superior a 20 mm, devem ser atendidos à classe de resistência ao fogo CR3
A escada de ensaio é composta por uma estrutura de aço e os quatro elementos verticais centrais da escada devem ser ajustáveis, a fim de acomodar diferentes tamanhos de cabo. A escada de ensaio deve ter (1.200 ± 100) mm de comprimento e (600 ± 50) mm de altura, e a massa total da escada de ensaio deve ser de (24 ± 1) kg.
O lastro, se necessário, deve ser colocado nos suportes de aço. Um ferro angular com aproximadamente 45 mm de largura e 6 mm de espessura, com ranhuras adequadas para permitir a fixação dos parafusos ou suportes, foi considerado um material adequado para a construção da escada.
Cada elemento horizontal deve ter um orifício de montagem a não mais do que 200 mm de cada extremidade. A posição e o diâmetro exatos devem ser determinados pela bucha e pela estrutura de suporte utilizados. A escada de ensaio deve ser fixada a um suporte rígido por quatro buchas de borracha coladas, com dureza de 50 Shore A a 60 Shore A, encaixadas entre os elementos de aço horizontais da escada e a estrutura de suporte de modo a permitir o movimento sob impacto.
O dispositivo de produção de impacto é aplicável somente à metodologia de ensaio para cabos que devam atender à classe de resistência ao fogo CR3. O dispositivo de produção de choque deve consistir em uma barra redonda de aço macio, com (25,0 ± 0,1) mm de diâmetro e (600 ± 5) mm de comprimento.
A barra aço deve se mover livremente sobre o eixo paralelo à parede de ensaio, este deve estar no mesmo plano horizontal, porém distante em (200 ± 5) mm da borda superior da parede de ensaio. O eixo deve dividir a barra em dois comprimentos desiguais, devendo o comprimento mais longo, de (400 ± 5) mm, impactar a parede de ensaio.
FONTE: Equipe Target