Alunos e professores de Criciúma , no Sul de Santa Catarina, desenvolveram um sistema que pode reduzir os gatos na rede de distribuição de energia elétrica e identificar as ligações clandestinas. Uma das concessionárias que começou a usar o sistema espera economizar R$ 1 milhão por ano.
O equipamento é instalado nos postes e nas subestações de energia, transmite os dados das possíveis perdas e colaboram para que os técnicos ajam com mais rapidez.
Ele foi desenvolvido pelo centro tecnológico da faculdade de Criciúma em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina para diminuir os furtos de energia e as perdas provocadas por falhas na rede de distribuição.
"Eles se comunicam entre si via um sistema sem fio e uma vez instalados, eu consigo acessar , conferir os dados e ele vai identificar os pontos mais propícios a algum tipo de furto ou alguma perda elétrica", Anderson Diogo Spacek, pesquisador da SATC.
Foram três anos de estudos e dezenas de alunos e professores envolvidos. O sistema inédito no Brasil recebeu reconhecimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No país é grande o prejuízo com o que se perde no caminho entre a companhia e o consumidor.
A Anaeel estima que esse prejuízo corresponda a 15% da energia comprada pelas distribuidoras. Muitas vezes as distribuidoras não conseguem identificar as ligações clandestinas.
A cooperativa de energia de Forquilhinha , no Sul do estado, tem perda de 6%. O maior problema são as ligações clandestinas.
"São perdas inerentes ao nosso processo, elas acontecem e para que a gente tenha certeza, precisamos fazer medições", detalha Jefferson Diogo Spacek, engenheiro elétrico.
Com o novo sistema, a cooperativa pretende reduzir até 1 % das perdas com energia elétrica por ano, o que representa R$ 1 milhão por ano. "Com a redução de perdas na nossa rede, automaticamente vai reduzir a tarifa dos consumidores", afirma Jefferson Diogo.