Laboratório estuda possibilidade de instalação de balões na atmosfera com células fotovoltaicas mais expostas à luz do sol
Ilustração de uma fazenda solar acima das nuvens ( E. JULLIEN/PIXSCIENCE )
Na hora de aumentar a eficiência da geração fotovoltaica, a maioria das pesquisas está voltada para melhorar os equipamentos e materiais dos módulos para que absorvam mais e convertam melhora a luz do sol em energia. E se, em vez de mudar os painéis, aumentássemos a quantidade de luz solar? É isso que o laboratório Japanese-French Laboratory for Next Generation Photovoltaic Cells tem estudado. A ideia é elevar balões com panéis solares acima das nuvens para que elas ou o mau tempo não atrapalhem a produção de energia.
De acordo com um dos diretores do projeto, Jean-Francois Guillemoles, a essas altitudes se consegue muito mais luz, cerca de cinco vezes mais abundância de luz solar do que no solo. Ele acrescentou, em entrevista ao Huffington Post, que com o desenvolvimento dessa tecnologia, produzir energia solar a partir desses modelo pode ter custos mais baixos do que a partir do carvão, por exemplo.
Os pesquisadores estão à procura de polímeros suficientemente leves para produzir os balões com painéis solares. Essas unidades geradores estariam, segundo o projeto, conectadas ao chão através de cabos que transmitiram a energia gerada para a Terra.
A altura planejada para elevar os balões é de cerca de seis quilômetros, distância suficiente para que estejam acima das nuvens e abaixo das rotas dos aviões. De acordo com a pesquisa, a ideia é que, a longo prazo, essa distância seja ampliada para aproximadamente 20 quilômetros, o que otimizaria ainda mais a captação de luz solar.
Outras pesquisas sobre o tema já haviam sido realizadas, mas o laboratório Japanese-French Laboratory for Next Generation Photovoltaic Cells está prestes a lançar um protótipo para testar a viabilidade da tecnologia estudada.
Diagrama explica como a energia produzida pelos balões é transmitida à Terra ( E. JULLIEN/PIXSCIENCE )