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Manual ensina a reduzir o gasto com água em condomínios em até 50%

Além da mudança de hábitos é essencial adequar o imóvel a práticas atuais de sustentabilidade, com a troca de torneiras e instalação de redutores de pressão e arejadores

A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda o consumo máximo de 110 litros de água por dia, medida suficiente para as necessidades básicas de uma pessoa. Em um prédio com 100 moradores, portanto, o consumo diário de água deveria ser de 11 mil litros. Mas será que algum síndico tem feito essa conta? Porque a meta, os moradores, provavelmente, não estão atingindo. Nos condomínios, o consumo de água é a segunda maior despesa, cerca de 12% a 15%, atrás apenas de mão de obra e encargos. Fechar as torneiras, então, não só ajuda a enfrentar o problema da escassez do recurso, como significa menos dinheiro saindo do bolso.

Esta semana, o Secovi-SP lança o primeiro capítulo do seu Manual de sustentabilidade condominial, sobre Economia de água. A versão eletrônica, disponível para download gratuito no site www.secovi.com.br/condominios, é dirigida a síndicos, funcionários de condomínios e administradoras. Como o jeito de economizar água em São Paulo ou Minas Gerais não muda, as medidas – mudança de hábitos, otimização do uso de água potável, controle do consumo, correção e prevenção de vazamentos e priorização de equipamentos economizadores – podem mudar a realidade de condomínios também aqui.

Segundo Geraldo Bernardes Silva Filho, diretor de Sustentabilidade Condominial do Secovi-SP, os prédios mais novos já estão mais preocupados com a sustentabilidade e trazem água e gás individualizados, o que ajuda à medida que cada unidade sabe o quanto gasta e o quanto paga pelo recurso. Mas uma série de ações pode ajudar a mudar a realidade de qualquer prédio. “Os que implantarem todas as ações propostas pelo manual podem ter economia de 30% a 50%.” Todo mundo sai ganhando”, defende. Para começar, o síndico deve medir, sempre no mesmo horário, o consumo de água de um dia para o outro. Assim, é possível observar a média de consumo e controlar possíveis desvios. Com o dado em mãos, começam as mudanças.

Uma das sugestões é substituir a ponta das torneiras, colocando um arejador. Com a função de acrescentar oxigênio à água, eles chegam a economizar até 80%. Segundo Geraldo, os modelos no mercado variam de R$ 3 a R$ 15, e a economia que promovem paga o investimento em dois únicos dias. Limitadores de pressão, nas torneiras e chuveiros de cada unidade, começando dos andares mais baixos para os mais altos, também representam grande economia. O controlador custa entre R$ 1 e R$ 9.

O Secovi também sugere o investimento na descarga de dois fluxos, tanto para as afixadas em parede (não é preciso quebrar nada, apenas trocar o botão de acionamento) quanto para as de caixa acoplada. Outra opção é investir em torneiras economizadoras, um pouco mais caras, mas nas quais é possível definir o tempo do fluxo. Para as áreas comuns a dica é adotar torneiras com cadeados, para evitar que qualquer pessoa tenha acesso e isso aumente a chance de desperdício. “Mas o condomínio não pode deixar de comunicar aos moradores o impacto das medidas”, alerta.

Clique aqui para baixar o manual (PDF)

Emerson Tormann

Técnico Industrial em Elétrica e Eletrônica, especializado em Tecnologia da Informação e Comunicação. Atualmente, é Editor-Chefe na Atualidade Política Comunicação e Marketing Digital Ltda. Possui ampla experiência como jornalista e diagramador, com registro profissional DRT 10580/DF. https://etormann.tk | https://atualidadepolitica.com.br

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