Potencial para obtenção de energia solar da região de Limoeiro atrai investidores.
A empresa italiana Eclipse, especialista em produção de placas solares, pretende abrir uma unidade no Interior do Ceará, na cidade de Limoeiro do Norte. A informação foi revelada, ontem (7), durante o lançamento do primeiro condomínio solar do País que será instalado na mesma cidade.O investimento para instalação da fábrica é da ordem de R$ 26 milhões com capacidade produtiva de 100 megawatts. Decisão final acontece em 45 dias. “Visitamos em janeiro a área e desenvolvemos um estudo. Estamos interessados no local”, afirmou Tomilson Mota, representante da Eclipse Brasil.
Caso a instalação seja efetivada, a intenção é abastecer, além da região, clientes do Nordeste. “Hoje as placas estão sendo importadas da China, Coreia e Itália”, informou Francisco Zuza de Oliveira, ex-presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) e atual assessor de negócios da Prefeitura de Limoeiro do Norte.
O alto índice de radiação da cidade atrai empresas do setor de energias. De acordo com Francisco Osterne, professor de engenharia da produção da UFC, entre os fatores que justificam esse índice estão o clima, com poucos dias nublados, e a altitude. “Outro atrativo é o baixo valor para comprar terras”.
A área de 10 hectares da Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, que abrigará o condomínio solar faz parte de seis mil hectares do empresário Fernando Cirino Gurgel. “Visualizo a região como uma fazenda energética”.
Condomínio
A primeira fase do empreendimento demanda investimento próprio de R$ 7 milhões, conforme informou a Prátil, companhia responsável pela construção e manutenção do condomínio. “Fazemos o investimento e adequamos a necessidade de cada cliente”, diz Albino Mota, da Prátil.
Será a primeira companhia a colocar em prática o sistema de compensação de energia estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto terá início em julho e a previsão de término em dezembro. Irá gerar 120 empregos diretos.
A Rede de Farmácias Pague Menos assinou contrato e alugará, por 15 anos, as plantas solares disponíveis na primeira fase. “Para esse ano, estimamos gastos com energia de R$ 50 milhões. Com esse acordo vamos economizar 8% do total previsto.”, informa Deusmar Queirós, presidente da rede Pague Menos.
Por Carol Kossling / O Povo Online