O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira que não é possível que a Eletropaulo enterre a fiação elétrica na capital, como manda lei municipal. Ontem, um homem morreu eletrocutado depois que uma árvore caiu sobre a rede elétrica em Santa Cecília, região central da cidade.
"Já imaginou quanto custa para enterrar todos os fios? Se parar a cidade inteira e não fizer mais nada, não há orçamento suficiente para fazer isso", questionou o governador, ressaltando os altos custos envolvidos na operação, o que inviabilizaria outras ações do poder público.
O governador adicionou ainda que "o Brasil não é uma Escandinávia". Alckmin questionou as frequentes quedas de árvores, cuja manutenção é da Prefeitura. "Administrar é escolher. O que não pode é cair árvore toda a hora", criticou.
A declaração de Alckmin amenizando a responsabilidade da Eletropaulo vem semanas depois que seu secretário de Energia, João Carlos de Souza Meirelles, acusou a AES Eletropaulo de não ter adequado seu serviço de atendimento à realidade de fortes chuvas registradas no estado desde o final do ano passado.
Segundo ele, a distribuidora de energia, responsável pelo atendimento de 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, reduziu a equipe nos últimos quatro anos.
"A empresa possui um número de equipes visivelmente inadequado. O sistema de cadastro de clientes também não está perfeito e o sistema de call center também não está eletronicamente acionando", afirmou Meirelles em coletiva de imprensa convocada pela secretaria. O secretário se disse "desconfortável" com a atual qualidade de serviço prestado pela Eletropaulo à população de São Paulo, companhia que apresentou lucro de mais de R$275 milhões no último trimestre de 2014.
A Fundação Procon-SP recebeu apenas em janeiro, um volume de reclamações referentes à Eletropaulo 800% maior do que no mesmo período de 2014.
Fonte: Portal Metrópole
Veja como seria a fachada do Shopping Villa Olímpia sem os fios elétricos: